O Nevoeiro Negro

Name: O Nevoeiro Negro
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Mandaram-me de férias a Portugal para “desligar do stress”, diziam. Fiquei a suar no calor pegajoso de Setembro, entre odores de tripas à moda do Porto e marés de turistas, convencido de que o pior seria aguentar o sol e as filas.
Enganei-me.

Chamaram-lhe o Dia do Nevoeiro: o instante em que o horizonte foi engolido por um cinzento espesso e cada golfada de ar cheirou a fim do mundo. Eu, Jake, sobrevivi, mas não sei como. Tudo começou com o ardor de um espinho que germinava sob a pele e o zumbido obstinado de uma abelha.

Pensei que o pesadelo terminaria ali… Foi apenas o começo. Cada passo revela segredos cada vez mais sombrios, criaturas que não deviam existir e uma força que parece rir-se da nossa esperança.
Preciso de descobrir a verdade — e não quero fazê-lo sozinho.

Acompanha-me. Se eu falhar, lembra-te apenas disto:
EU JÁ FUI UM SER HUMANO.

REF: 9789899256712 Categorias: Editorial Divergência, Literatura Etiquetas: Ficção Científica, Luís Telles do Amaral

Descrição
Informação adicional

Natural do Porto, Luís Telles do Amaral é microbiologista e epidemiologista. Licenciado pela Universidade Católica do Porto, fez Erasmus na Irlanda e concluiu o mestrado no Imperial College of London, no Reino Unido, onde hoje é investigador visitante em Modelação de Doenças Infecciosas. Doutorando em ciências médicas na Universidade de Antuérpia, Bélgica, publicou diversos artigos internacionais sobre medicina tropical, incluindo trabalho de campo em África para desvendar o mistério entre a cegueira-do-rio e surtos de epilepsia.

Durante a vaga Ómicron da COVID-19 integrou a UK Health Security Agency (Agência de Segurança Sanitária do Reino Unido), experiência que reforçou a sua fascinação por crises internacionais e pelo modo como a humanidade reage ao caos; temas que alimentam os seus romances. Depois de antever uma pandemia no seu livro de estreia, O Diário da Pandemia, em 2017, regressa agora com O Nevoeiro Negro, onde mistura ciência e suspense para pôr à prova os limites da nossa resiliência colectiva.

Quando não escreve ou investiga, hoje gosta de percorrer as ciclovias da Antuérpia de bicicleta, o pretexto perfeito para observar a natureza urbana e colecionar novas ideias que um dia possam vir a transformar-se em história.