Reunida pela primeira vez num mesmo volume impresso, uma selecção da melhor ficção curta de João Ventura. Cultuador de narrativas acutilantes na tradição de Jorge Luís Borges, Italo Calvino e Julio Cortázar, João Ventura usa a linguagem não apenas como um jogo, mas muitas vezes como personagem, ou mesmo alma, das suas narrativas. Provando que o bom senso raramente é comum, as histórias que cria são habitadas pelos nossos desejos e pecadilhos banais, tornados extraordinários. Não se esqueça que “Tudo isto existe”! E que, parafraseando o adágio, se há aqui algo que não é verdade, pelo menos foi muito bem inventado…
Sobre o Autor:
João Ventura foi desde muito cedo um leitor omnívoro, percorrendo no Verão a Biblioteca Municipal de Elvas, de onde é natural, à razão de um livro por dia (incluindo tijolos com 500 páginas).
O primeiro choque com o formato conto aconteceu-lhe com “Fuga” de John Steinbeck. Ainda hoje se lembra do sentimento de descoberta!
O primeiro livro de ficção científica que leu foi “O Cérebro de Donovan” (Curt Siodmak, nº 13 da Colecção Argonauta). Um conto de FC que o marcou foi “Flores para Algernon” (Daniel Keyes), incluído no mítico nº 100 da mesma colecção.
Chegou ao fantástico pela “Auto-estrada do Sul”, de Júlio Cortázar e visitando “As ruínas circulares” de Jorge Luís Borges. Encontrou Ítalo Calvino na adolescência, no “Atalho dos ninhos de aranha”, perdeu-o depois e reencontrou-o muito mais tarde em “As cidades invisíveis” e noutros livros. Continua devoto desta Fantástica Trindade.
Atribui a responsabilidade pelo contágio do vírus da escrita à Dra. Odete Taborda, sua professora de português no secundário, cujos TPCs incluíam sempre uma composição (mínimo 8 linhas) sobre um assunto qualquer de que ela se lembrava ao tocar da campainha. Cinco por semana durante um ano lectivo! Cada cura tem sido (felizmente) sempre seguida de uma recaída.
Não acredita em horóscopos.
Em breve divulgaremos mais sobre este livro!